Cacto: a planta super resistente
Sempre teve curiosidade em saber mais acerca desta planta? Sempre quis plantar um cacto na sua casa, mas desconhece como fazê-lo? Ora, encontrou o sítio ideal! Aqui iremos explorar algumas das principais características dos cactos e abordar algumas dicas que o poderão ajudar a cuidar e manter a sua planta nas melhores condições.
Ora esta planta pertence à família das cactáceas, da qual fazem parte aproximadamente 180 géneros e mais de 2000 espécies. Esta diversidade de espécies resulta numa variedade de formas e tamanhos desta planta. A título de curiosidade, o Pachycereus pringlei é o cacto mais alto, sendo pode atingir até aproximadamente 20 metros de altura.
A palavra “cacto” deriva da palavra grega kaktos, que significa cardo espinhoso, tal como a sua aparência. Algumas destas espécies confundem-se com a família das plantas Euphorbiaceae, dado que apresentam características muito similares. A principal diferença entre ambas está na forma como crescem os seus espinhos e flores, dado que nas eufórias, os espinhos crescem diretamente do caule e a flor, comparativamente à do cacto, tem uma apresentação bastante simplificada.
Esta planta tem origem principalmente na América do Norte e América do Sul. Desde a civilização asteca que se encontram relatos de observação de plantas similares aos cactos que conhecemos hoje em dia, tanto em pinturas, esculturas, como em desenhos. O interesse por esta planta desde cedo surgiu no continente europeu, sendo descrito que Cristóvão Colombo foi o primeiro a trazer esta espécie em meados do século XVI. Contudo, a primeira descrição botânica surge em 1753 por Lineu, botânico sueco, na sua obra ‘Species Plantarum’.
O cacto é uma planta suculenta, contudo, nem todas as plantas suculentas são cactos, uma vez que existem muitas outras que pertencem a esta categoria. Designa-se por planta suculenta dada a sua capacidade de armazenamento de água ao nível da sua estrutura principal. Esta função deve-se especialmente à capacidade de adaptação deste tipo de plantas a climas extremos, com altas amplitudes térmicas e tipicamente com solo pobre e seco. Os espinhos que o cacto apresenta consistem numa adaptação às necessidades de planta, de forma a diminuir as perdas de água por evaporação e transpiração, através da diminuição da área de superfície. Contudo, a fotossíntese ocorre ao nível do caule, uma vez que é neste local onde se situam os estomas.
As flores do cacto são frequentemente conhecidas pela sua beleza natural, sendo considerada por muitos, flores muito vistosas. Algumas espécies apresentam floração noturna, o que atrai insetos e também morcegos. Um grande questão que se coloca é se efetivamente todos os cactos florescem. A resposta é que sim. Contudo, a grande problemática é que apesar de algumas espécies apresentarem flores vistosas e exuberantes, poderão demorar, em média, aproximadamente 20 anos até surgirem. Alguns truques para acelerar todo este processo passam por colocar o seu cacto num local com alta exposição luminosa, uma vez que o sol é fundamental. Para além disso, deverá adubar a sua planta, com a frequência de aproximadamente uma vez por mês e manter uma rega em pequena quantidade durante o outono e inverno, dado que, nestas estações do ano o cacto mantém-se maioritariamente em repouso, não necessitando de frequentes irrigações.
A utilização dos cactos é bastante variável. Na sua grande maioria são utilizados a nível ornamental, como também medicinal, sendo possivelmente fonte alimentar, através do fruto que algumas espécies produzem. Um desses frutos é o figo da índia, também conhecido por figo do diabo. Este fruto é usualmente conhecido pelo seu sabor delicioso, mas também pela sua riqueza em potássio, magnésio, vitaminas C, A, B1 e B2. Para além disso, através da extração das suas sementes, é possível produzir um óleo, frequentemente usado em produtos de cosmética. Este fruto pode ser consumido de forma natural, mas também como fruto seco ou doces/compotas.
De acordo com algumas correntes de pensamento, nomeadamente o Feng Shui, os cactos são considerados como guardiões, dada a sua capacidade de purificação do ar, sendo que é considerado como exemplo de vitalidade, persistência e integração com o meio ambiente.
Por fim, se ainda não está convencido de que os cactos serão a escolha ideal, iremos agora abordar as principais razões porque deve adotar esta planta para a sua habituação. Em primeiro lugar, esta planta requer pouca água, portanto se considera que não poderá ter plantas, porque não tem tempo ou porque passa muitos períodos fora de casa, esta planta é a opção perfeita. Apenas necessitará de realizar uma rega semanal, em pequena quantidade. Para além disso, se sempre achou que não poderia ter plantas no seu terraço, porque vive num clima com altas temperaturas, nada tema! O cacto é efetivamente a opção ideal. E por último, mas não menos importante o cacto não necessita de poda, o que diminui os cuidados que deve manter com esta planta.